Recentemente publicamos dois posts sobre o conceito de home office. Os posts foram bem recebidos e ficamos impressionados com o interesse geral pelo assunto.
Muitas pessoas acreditam intuitivamente no modelo de trabalho remoto pela economia em logística e buscam referencias e suporte para fundamentar essa crença e sustentar ações concretas nas suas empresas.
Home office no Jornal Nacional
Nesse terceiro post sobre o assunto vou recontar a história que circulou recentemente na mídia de como o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) está abordando o tema.
No final de agosto de 2015, esse caso ganhou grande repercussão devido a uma reportagem veiculada no Jornal Nacional. Alias, não foi a primeira vez nem a última que o Jornal Nacional abordou o tema home office, que já é pauta recorrente.
Estresse e eliminação do tempo de deslocamento são motivadores para o home office
A ideia é a seguinte. Para minimizar os impactos negativos do trânsito de São Paulo, como o estresse e a perda de tempo de deslocamento, o Tribunal decidiu liberar alguns funcionários para trabalharem de suas casas duas vezes por semana.
Naturalmente os funcionários recebem isso como uma vantagem e o Tribunal, por outro lado exige uma contrapartida. Nesse caso a contrapartida foi a exigência de uma produtividade 15% superior a média. Se verificou, entretanto, um ganho de produtividade de 30%. Para algumas situações a produtividade quase dobrou.
Essa iniciativa não é recente. Já faz algum tempo que o Tribunal está testando esse modelo. Esse ano, aparentemente, eles decidiram oficializar a iniciativa. Desde maio desse ano 87 funcionários foram autorizados a usar esse modelo de trabalho remoto.
Um exemplo de home office na iniciativa pública
Ao mesmo tempo em que muitas empresas privadas e inovadoras hesitam em começar explorar o modelo de home office ou trabalho remoto é animador ver um orgão público tomando essa iniciativa.
É necessário, contudo, que esse tipo de iniciativa seja sustentada por regras, processos e ferramentas adequados. Definir metas específicas, acompanhar os resultados meticulosamente e prover ferramentas de trabalho adequadas são exemplos de requisitos para o bom funcionamento do modelo.
Home office não é para todos, mas com certeza muitas organizações ainda vão se beneficiar desse modelo.